sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

capitulo 42

 C A T A R I N A

2 semanas depois

Entramos no mês de novembro e esse mês no dia 15 é aniversário da Mah, ela disse que o sonho dela é ter uma festa de princesa então eu e o Junior já estamos vendo as coisas pra festinha dela que está super empolgada...

A minha clínica está a mil maravilhas, meu casamento também apesar que as vezes sempre rola uma briguinha mais isso é normal né, Rafa e Beh estão numa paixão que é lindo de ver to muito feliz que finalmente parece que meu amorzinho realmente encontrou alguém especial pra vida dele, Gil e Sofi estão se amando também e detalhe Sofi me contou que acha que está grávida ia até fazer o exame hoje, devo está mais ansiosa que ela pra saber o resultado.

Cristiano continua preso apesar do advogado dele tá fazendo de tudo pra tirar ele da cadeia mais graças a Deus tá sendo uma missão difícil, minha mãe e meu pai irão viajar no carnaval para Londres e sismaram de levar a Mah depois de muitas conversas eu e o Junior deixamos até porque a bichinha tava super animada e será bom pra convivência dela com os meus pais já que ela é mais grudada com os meus sogros, e assim que eles voltarem, Junior, Mah e eu vamos pra Itália ver meus avós que estão loucos que vamos passar uns dias lá com a Mah...

Enfim agora nesse momento são quase cinco e meia da tarde e estou aqui na escola pegando a Mah.

Maitê:
Mamaee. — ela se solta da mão da professora e pula no meu colo.

Catarina:
Oi meu amor. — beijo ela. — Da tchau pra tia, pra gente ir. — pego as coisinhas dela.

Maitê:
Xau titia - ela sorri, dou a mão pra Mah e atravesso pra entra no carro mas sinto uma sensação tão ruim um arrepio na espinha. — Mamãe aquele moço tá ali. — ela para de andar e fica olhando pra frente onde o cara estava encostado na árvore do lado do meu carro nos encarando. — eu tenho medo dele mamãe. — ela agarra minha cintura

Catarina:
Não precisa ter medo porque a mamãe não vai deixar nada acontecer com você, filha — pego ela no colo e ando rápido até o carro.

Carlos:
Boa tarde meninas bonitas- ele fala rindo.

Maitê:
Mamãe quelo ir pa casa. — destravo o carro e coloco a Maitê atrás na cadeirinha. — Quelo meu papai - ela chora.

Catarina
: Estamos indo, meu amor. — fecho a porta entro no carro dou partida saindo rápido dali. — Não precisa chora viu, princesa?!

Maitê: Eu não gosto daquele moço, só do papai, eu quelo ele. — Ela fala limpando as lágrimas que escorriam sem parar.

Catarina:
Já estamos chegando em casa olha só - falo entrando no prédio com o carro e paro na minha vaga.

Maitê:
Papai vai tá em casa? - desço do carro tiro ela da cadeirinha e fomos pro elevador.

Catarina:
Deve ter chegado sim meu bem - paro no nosso andar, e entro em casa encontrando o Junior todo largado no sofá.

Junior
: Aah minhas mulheres chegaram - ele sorri nos olhando.

Maitê:
Papai eu tavu com sodade- ele corre a abraça ele

Junior
: Eu também minha linda - ele beija ela e me olha - Que foi amor ? Você tá pálida.

Catarina: Nada não, eu vou tomar um banho tá fica com ela - subo correndo pro quarto.

Confesso que estou com medo desse cara está aparecendo diversas vezes sempre nos lugares que estou com a Mah, não posso contar pro Junior porque vai preocupar ele tenho que dar um jeito de resolver isso...

Vou pro banheiro tomo um banho visto um pijama desço pra sala e vejo meus amores deitado vendo desenho e a Mah já toda limpinha e cheirosa.

Catarina
: Que papai prendado ein- chego mais perto e dou um selinho nele.

Junior:
Eu sou top né -ele se gaba- Mas aqui amor, você já resolveu onde vai ser a festa da Mah?

Catarina : Tô em dúvidas ainda nenis, o que você acha melhor, na minha mãe ou alugar um salão?

Junior: Salão amor lá tem os brinquedoes ela vai pirar com aquilo tudo.

Catarina: Eh verdade amanhã preciso ver isso então com urgência - sento no outro sofá. — Vai treinar que horário amanhã?

Junior: De manhã, uma hora eu tenho uma reunião e depois das duas tô livre.

Catarina: Eu depois das três estou livre, a gente vai junto então, qualquer coisa sua mãe pega ela né.

Junior: Pega né o problema vai ser tirar ela da casa da vovó depois.

Catarina: Sempre a mesma coisa -rimos.

Junior se interteu com a brincadeira que a Maitê inventou de fazer com ele e a tela do meu telefone alertou uma noca mensagem, digitei minha senha e senti meu coração sair pela boca.


"Viu só como é fácil descobrir detalhes bobos da rotina de vocês?"
Encarei a tela do telefone e fiquei remoendo aquilo na minha mente, o que aquele homem quer conosco? com a minha filha? Me afastei do Junior dizendo que iria ao banheiro, caminhei até lá e me tranquei lá dentro. Voltei a desbloquear a tela e tomei coragem para digitar algo.


O que caralhos você quer? Me deixe em paz! Segue o teu caminho, rapaz, eu hein. Mas é muito falta do que fazer mesmo!!!!!


Bem que me avisaram que você é esse poço de simpatinha

calma catzinha, so vou lhe ajudar. 
Claro que, se você contribuir

Catzinha é a puta que te colocou no mundo, seu inútil! 
Me diga logo, qual o seu valor pra deixar eu viver em paz, 
sua praga endemoniada

Já lhe pedi calma, não complique as coisas se não quem sai perdendo é você....
bom acho que quem vai perder é isso daí que você adotou.

Na moral vai tomar no seu cu!
Quer fazer joguinhos? 
Faça sozinho, não tô com tempo pra gente desocupada!

Quando você descobrir realmente quem sou, vai se arrepender de qualquer coisa que me disser.
Te espero amanhã, ás 8h no estacionamento da sua clínica.
Vá sozinha viu? Ou então verá do que sou capaz.



Quase taquei meu telefone longe de tamanha raiva, senti meu rosto queimar e eu não poderia chorar ali pois o Junior iria perceber tudo. Lavei meu rosto, as mãos e sequei. Enfiei meu telefone no meu bolso e saí do banheiro tratando logo de ir para a cozinha e evitar olhar para o Junior porque a chance de ele perceber que tem algo errado é extremamente grande. Preparei o nosso jantar e servi, comemos em meio as conversas da Mah e logo Junior subiu para colocar ela para dormir.

6 de novembro - 7h27
Eu mal consegui dormir essa noite, meus pensamentos não deixaram eu pregar os olhos por um minuto sequer e quando consegui acordava extremamente assustada com mil e um pesadelos. Já tinha me despedido do Junior, colocado a Maitê na aula de balé e estava, agora, nesse instante, dentro do meu carro parado no estacionamento da clinica. Eu senti as goticulas de suor escorrer por meu corpo, mesmo estando com o ar do carro ligado e também não estava nem longe de ser calor em barcelona. Logo avistei o tal carlos se aproximar, saí do carro, mas não o travei, deixei a porta entre aberta.

Carlos:
Bom dia, docinho. — ele riu todo sonso e eu quis ter forças para socar sua cara inteira.

Catarina
: Sem gracinhas que eu não tô com tempo, vá direito ao assunto, por favor! — rosnei me impondo e ele assentiu .

Carlos:
Acho que nem preciso perguntar ou mencionar sobre aquela puta da Camilla, vamos direto ao ponto. Sou eu o pai daquilo lá que ela te deu.

Catarina: Aquilo não, filho da puta! — quase gritei e me toquei que poderia chamar muito atenção, mesmo que eu já tivesse avisado ao meus seguranças da clínica que ficassem de olho. — Maitê é a criança mais doce e linda de todo o mundo, mas claro, é óbvio um lixo feito você não entenderia isto.

Carlos: Bom isso não me importa, gatinha. O que me importa é os milhões que vocês terão de me pagar ou caso o contrário....

Catarina: Caso o contrário o que, seu verme imundo. Vá se foder porra, fica me perseguindo para o que? Me provar o quanto você é desprezivel? Me poupe, pode tentar o que quiser. Eu tenho documentos que provam a doaçao de Maitê para mim e meu marido.

Carlos: Creio eu que você é bem mais esquentadinha, do que a sua faminha de marrenta que circula por aí costuma dizer.

Catarina: Você ainda não viu nada. — ele gargalhou e eu neguei, frustada com toda essa situação, mas não iria nunca abaixar a minha cabeça pra macho escroto. — Amore, faz um seguinte, abre o processo. Tenta pedir ajuda até para o capeta mas fique com a plena consciencia de que o que eu e meu marido temos de advogados, não seria suficiente nem se você trabalhasse por mil anos para tentar chegar a tal patamar— pisquei para o mesmo e entrei no meu carro, liguei o mesmo e abaixei o vidro. — Antes que eu me esqueça, não, eu não vou ter dar nem dez centavos e mais uma coisa segure os meus mais sinceros votos de: vai tomar no seu cu!

Dei a partida puta e nem tava com a mínima cabeça para dar inicio as minhas consultas de hoje, pedi por audio que minha secretaria remarcasse tudo para amanhã. Entrei em casa feito jato, me taquei em baixo da água fria e deixei que minha armadura saísse e todo o meu choro brotasse.

Terminei meu banho vesti uma roupa fresca sai do banheiro e o Junior estava sentado na cama com meu celular.

Catarina:
Tá fazendo o que aqui? -olho ele que estava concentrado demais no meu celular.

Junior:
Eu moro aqui caso você não saiba.

Catarina: Nossa ein, tô perguntando porque você disse que tinha treino agora de manhã.

Junior: Eh mas não teve - ele me olha sério.— Vem cá, Catarina quando você ia me contar dessas mensagens?

Catarina: Q-que-que me-men-mensagens?

Junior: Essas aqui ô. — ele jogou o celular em mim. — Quem é esse cara ?

Catarina: Desculpa eu não contei porque não queria preocupar você. — baixo a cabeça.

Junior:
Cê tá de sacanagem comigo ne?— ele ri nervoso. — Maitê também é minha filha, eu tenho direito de saber das coisas tanto da sua vida quanto da dela ainda mas nesses casos Catarina, porra meu, vocês estão sendo ameaçadas. — ele levantou da cama. — E você pega e vai encontrar esse cara SOZINHA? você tem algum problema? E se te acontece alguma coisa? Como eu fico? — ele andava de um lado pro outro — Me fala quem é essa cara e o que ele quer, FALA CATARINA, PORRA!

Catarina: Ele é pai da Maitê, amor. — me assusto com o seu grito e digo de uma vez só.

Junior:
O QUE? E ELE RESOLVEU APARECER ASSIM DO NADA? ELE NÃO VAI TOMAR A MAITÊ DA GENTE NEM QUE EU MATE ELE.

Catarina: Ele não quer a Mah Júnior, ele quer dinheiro. Só isso.

Junior: Dinheiro? E você deu?

Catarina: Claro que não, Neymar! Eu não sou louca.

Junior: Pois bem pareceu que é sim, me escondeu isso durante esse tempo todo Eu tô muito puto com você cara, como você me esconde isso, Catarina? Isso é sério ele poderia ter feito alguma coisa pra você. — ele falava com muita raiva, se afastou de mim quando disse a última frase e dei um murro na parede. — Você não podia, não tinha esse direito de me esconder isso, eu poderia ter resolvido isso faz tempo, desde quando ele te manda mensagem?

Catarina : Começou depois da inauguração da clínica e ele estava lá também.

Junior: Caralho.... e você tá me contando isso agora? Aliás contando não, eu descobri essa porra.

Catarina: Pra mim ele tava na festa pra inauguração Junior, depois que começou a me mandar mensagem e me seguir sempre quando estava com Mah.

Junior: Eu não acredito nisso cara, vocês correndo perigo e você não foi capaz de contar , tudo porque? Por causa dessa merda de orgulho que você tem. — Ele chegou perto de mim e pude ver a mágoa e a preocupação em seus olhos. — Eu... mano... na moral Catarina, tô bastante chateado com você, tu colocou a vida da nossa filha em risco todo esse tempo, isso já tinha que tá resolvido se você TIVESSE SENTADO COMIGO PRA CONVERSAR. — Se descontrolou, respirou fundo e se afastou. — Eu vou atrás desse cara e nem tente me impedir disso também.

Catarina: EU QUERIA POUPAR VOCÊ DE MAIS PREOCUPAÇÃO NA CABEÇA, POR ISSO NÃO CONTEI, NÃO PRECISA JOGAR NA MINHA CARA TUDO ISSO NÃO, EU ERREI, EU JÁ ENTENDI ISSO!

Junior: ME POUPAR? AH CATARINA CONTA OUTRA, QUER SABER FICA AÍ FALANDO SOZINHA. — ele negou e saiu do quarto.

J U N I O R.
Sai de casa puto com a Catarina, ela não tinha esse direito cara, me esconder uma coisa séria dessas, entrei no meu carro, peguei o número do desgraçado e liguei, demorou um pouco mas ele atendeu.

Carlos
: Alô

Junior: Escuta aqui, quem tá falando é o marido da Catarina, pai da Maitê quero encontrar agora com você.

Carlos: Posso saber pra que?

Junior: Você sabe muito bem seu filho da puta! Te espero na praça de alimentação do Shopping você tem meia hora pra chegar.


Liguei o carro e saí voado, se esse cara me estreassar demais, eu vou descontar a raiva que estou da Catarina todinha nele. Fiquei um tempo esperando ele na praça e logo o visor do meu celular acendeu.

" Estou no estacionamento, 2° andar"

Ainda é folgado uma desgraçada dessas, peguei o elevador e cliquei onde ele disse que estava, saí do mesmo e logo avistei de longe um único homem encostado em um carro bem la no canto do estacionamento e só poderia ser ele.

Carlos
: Tudo bem atacante? — estendeu a mão para me cumprimentar no maior sinismo e eu não apertei. — Tá nervosão em cara, respira.

Junior: Vamos direito ao ponto desgraçado, me fala quanto você quer e você vai sumir da minha frente antes que eu me esqueça de quem eu sou e arrebente tua cara.

Carlos: Parece que você não é só estressadinho em campo, cai-cai. — ele iria rir, mas eu lhe acertei um soco antes disso. — 2 milhões, esse é meu preço.. — remungou limpando o sangue em sua boca.

Junior: D
iz logo a porra da sua conta vou transferir agora e você vai sumir no mapa ou então...

Carlos: Irmão, que isso. Tá muito nervoso. — ele debochava e eu poderia esta mesmo me arriscando porque ele poderia sim voltar querendo mais dinheiro e talvez fazendo até algo pior. Tranferi o valor que ele pediu e lhe dei as costas. — Até logo, meu garoto. — debochou e eu fingi não ouvir.

Desci de elevador até o primeiro andar do estacionamento e peguei meu carro. Dei a partida voltando para casa, parei o carro na minha vaga e fiquei ali dentro, preso por falta de coragem para sair. Meu pai me ligou suspeitando do dinheiro que eu havia retirado da conta e eu tive que me explicar para ele, ele achou um absurdo e disse que eu não deveria ter caído na lábia daquele cara. Mas é inevitavel, pela minha filha eu vou mover o mundo se for preciso. Ninguém vai tirar a minha vida em miniatura, de mim. Sacudi minha cabeça em busca de tirar esse pensamentos de mim, destravei o carro e saí. Travei o mesmo e entrei no prédio, peguei o elevador e logo estava entrando em casa. Vi que a Catarina estava pela cozinha e subi direto para o nosso quarto, me despi ainda no quarto e entrei no banheiro, trancando a porta. Mesmo estando um frio fudido em Barcelona, eu precisava de um banho gelado para que me relaxasse e me tirasse daquela loucura de pensamentos, a água escorria junto com o meu choro que eu havia prendido durante todo o trajeto do shopping até aqui. Saí e me sequei, me enrolei na toalha, saí do banheiro dando de cara com a Catarina encarando algo em um ponto fixo além de onde eu estava e logo desviou o olhar encarando as próprias mãos.


Catarina: Amor... podemos conversar? — murmurou e eu passei por ela indo direto para o closet, separei uma roupa e vesti a mesma voltando para o quarto enquanto passava a blusa por minha cabeça. 

Junior: Vai fazer o que? Se desculpar por ter colocado a vida da nossa filha em jogo por conta do seu orgulho e essa mania ridicula de achar que tem peito de aço? Não, então não vamos conversar. 

Catarina: Não é bem assim, Neymar! 

Junior: É desse jeito sim e se lhe preocupa, eu já resolvi esse conflito todo. E espero que eu possa ficar um pouco na minha. — peguei de novo a chave do meu carro e ela ficou me olhando com o rosto já um pouco molhado. — Vou pegar a Má na escola e vou dar uma volta com ela, não nos espere para jantar.

Confesso, meu coração fica apertado em brigar com ela assim. Mas é foda, não posso ficar toda vez para passar a mão na cabeça dela. Catarina tem o gênio muito forte e sempre se deixa levar por seu orgulho, ela se fode e me fode junto. Eu fico mal, de verdade. M