capitulo 24

C A T A R I N A.

A viagem  foi maravilhosa, lugar lindo demais, confesso que fiquei surpresa com o pedido do Junior,  não esperava por isso, estou feliz demais, voltamos de viagem ontem e ele está meio estranho acho que está chateado por eu ter falado que não quero filhos, mas caramba ele tem que me entender,  não vou correr atrás, MAS NÃO VOU, MESMO! Ele me deixou em casa ontem e foi embora e hoje ainda não falou comigo, nem me deu bom dia e ele sabe que não gosto de ficar sem o bom dia dele, mas tudo bem fazer o que, não é?! Agora são nove horas da manhã e estou no posto desde das sete, ou seja não descansei nada da viagem e hoje aqui tá cheio muitas crianças com consulta de rotina e algumas passando mal, estava lendo uns prontuários  quando a Aline, uma das esfermeiras, entrou na sala .

Aline: Licença, está tendo um pequeno problema.
Catarina: O que aconteceu?
Aline: Uma mãe está com sua filha queimando de febre, medi e está com quase 40, ela pediu pra passar na frente, mas as outras mães estão criando confusão.
Catarina: Manda entrar, a criança precisa de atendimento, ela é especial e as outras estão bem já que apenas ficaram as de rotina.
Aline: Ahhh então, ok. - ela sai da sala.

Bom atendi a criança que estava com febre, era um menino,  tive que encaminhar para o hospital,  era princípio de pneumonia, minha manhã foi agitada demais, fui almoçar era quase duas horas da tarde, eu até iria embora mas tinha que organizar uns relatórios então tive que voltar,  estava na minha sala terminando de organizar e a Aline entra de novo.

Catarina: O que foi agora?
Aline: Tem uma mãe querendo saber se você pode consultar a criança dela, a bebê tem down e ela disse que não conseguiu vir mais cedo.
Catarina: Tá, mais só essa, depois vou embora.
Aline: Ok vou mandar entra- ela sai  da sala e uns  2 minutos depois entra uma mulher com uma menina no colo.
Catarina: Boa tarde, pode se sentar.
Xxx: Boa tarde  doutora, muito obrigada por me atender agora eu não consegui vim mais cedo, tive alguns imprevistos com a bebê.
Catarina: Sem problemas, qual seu nome?
Camila:  O meu é  Camila.
Catarina: O meu é  Catarina, prazer. - sorrio - A senhora poderia me dar a fichinha dela?
Camila: Aah  sim claro, está aqui.
Catarina: Bom, ela tem síndrome de down, não é? - ela afirma que sim e olho de novo na ficha o nome da pequena -  Maitê, que nome lindo.
Maitê: Bi-bigada
Catarina: Quantos aninhos você tem?  Conta pra tia
Maitê: É  teis, t-t-tia.
Catarina: Que mocinha -me levanto - Pode colocar ela ali na maca, mamãe. - ela se levanta e coloca a Maitê na cama e eu começo  a examinar ela - Eu vou querer ver ela pelo menos uma vez na semana.
Camila: Aconteceu alguma coisa?
Catarina: Não, fica tranquila eu só quero fazer novos exames, tudo muito simples -termino de examinar ela volto pra mesa e sento- Mas, aparentemente está tudo certinho com ela.
Camila: Ain graças a Deus - ela veste a bebê e volta a se sentar.
Catarina: Como ela é?  Digo o Down  dela.
Camila: Não é uma porcentagem alta,  Maitê consegue fazer a maioria das coisas que as outras crianças  fazem, só que em um tempo mais lento.
Catarina: Entendi, eu percebi que ela é  bem observadora, presta atenção em tudo, isso é muito bom, tem alguma coisa assim que você queria saber?  Uma coisa que acha que devemos trabalhar com ela.
Camila: Então doutora eu acho a fala dela devagar sabe ela gagueja pra falar,  isso é  normal?
Catarina: Em crianças com down isso é normal, mas podemos trabalhar isso nela, mais alguma pergunta?
Camila: Acho que é  só isso.
Catarina: Ok!- escrevo na ficha - Semana que vem você volta com ela então.
Camila: Muito obrigada - ela se levanta - filha vamos, da tchau pra tia.
Maitê: Xau. - ela ri.
Catarina: Ai, mas a tia quer um beijinho. - me abaixo e fico na altura dela que vem e me dá um beijo. - Nossa mas que beijo gostoso - ela sorri-vai com Deus
Camila: Fica com ele também - ela pega a Maite e sai da sala.
Que criança mais linda, eu tô apaixonada com ela.. Sai do posto logo depois que terminei umas coisas isso já era  quase cinco horas, cheguei em casa tomei um banho já vesti um pijama e fui pra sala, olho o celular  e não tinha NADA do Junior, que saco, fico fuçando  no celular e acho uma foto nossa e decido postar e assumi  logo isso, entro no insta  e posto.

@catmonttanari; E de repente, você  me mostrou  um amor  que eu achava  que nem existia. @neymarJr

@celebretisffc: Sabiaaa, num sei porque esconderam tanto.
@Worldnjr: Affs, ainda tinha esperança de que eles não estavam juntos.
@quemacontece: Novo casal Braseeel,  menino Ney  fez um gol bonito dessa vez
@nadine.goncalves: Que sejam felizes! Deus abençoe vocês
@brumares: Que noojoo, desses dois.
@neymarworld: Coisa ridícula que o Njr fez traiu o amigo por causa de mulher e  essa Catarina é uma vadia.
@Catlove: Que você seja feliz meu amor,  Deus proteja vocês de todo mal
@rafaella: Casal mais lindo
@CatDiva: Gostava mais do Cris, mais se você está feliz é o que importa
@be.coppola: Pra cima casal, sejam felizes!!

J U N I O R.

Eu não estava mesmo esperando que ela nos assumisse tão rápido, sorri todo bobo quando vi a foto e comentei na mesma. Mesmo ainda estando bolado com o papo dela de não querer filhos, abaixei a guarda e chamei a mesma no wpp.

Me desculpa sumir assim amor

Só estava chateado, mas já passou.

Tudo bem preto.

Posso ir aí? Já tô com saudades

Claro que pode

Tô indo então,  aah  eu amei que você assumiu a gente

Já estava na hora  né

Estava mesmo, tá amor tô indo

Vem logo, bjo!!

Joguei minha carteira, celular e as chaves do carro no bolso da calça, coloquei de volta o meu tênis e desci vestindo uma blusa de manga.

Nadine: Vai sair, é?
Junior: Vou na Cat.
Rafaella: Viu que ela postou sobre vocês dois?
Jota: E quem apoiava ela com o Cristiano tá caindo em cima.
Junior: Isso não importa, o que vale é que ela está comigo. Fui!!!

Bati a porta atrás de mim, destravei meu carro, entrei e peguei o caminho até a casa da minha namorada.

(...)
Catarina: Oi! - sequei todo o seu corpo de cima a baixo, ela estava de babydool, rosinha e tinha uns detalhes na partes dos seios, acabei mordendo os lábios. - Amor?
Junior: Ahhh, oi. Tá tudo bem? - a beijei e entramos.
Catarina: Está sim, vem, fiz um jantar pra gente.
Junior: Que eu não morra engasgado, amém.
Catarina: Otário.
Junior: Ahhh sei la né, como eu não falei com você quase o dia todo...
Catarina: Por bobeira né, Junior. - ela revirou os olhos e me serviu.
Junior: Bobeira não, apenas não concordo com esse teu papo de não ter filhos. - ela me encarou e depois negou.
Catarina: E não é você quem vai me fazer mudar o papinho. - fudeu, acordei o monstrinho.
Junior: Mas, amor...
Catarina: Quer brigar e você sair daqui emburrado como veio da viagem?

Ela cruzou os braços a baixo dos seios e me olhou, me desafiando. Eu apenas tive a reação de negar. E ela murmurou um sonso "obrigada" . Eu não queria mesmo brigar, mas esse assunto me chateou muito, eu sou louco pra ser pai e com ela seria perfeito.
Mas acho que tenho capacidade de mudar tudo isso ou talvez a profissão dela dê alguns empurrões.
Ela comia em silêncio, estava apenas o corpo aqui, porquê ela estava distante demais. Eu dizia algumas coisas e ela só assentia ou as vezes nem demostrava reação.

Junior: Vou abrir um puteiro.
Catarina: Ah que lega.... NEYMAR JUNIOR.
Junior: Ué, porra. Estou falando um tempão e você esta nessa de concordar com tudo e nem sabe do que eu digo.
Catarina: Desculpa, é que agora pouco eu atendi uma bebê com down e fiquei um pouco mexida. A mãe dela tinha jeito sofrido sabe, ate a achei um pouco magricela mas no tom de doença. - ela suspirou.
Junior: Mas ela comentou algo, amor?
Catarina: Não Ju, mas é que sabe, tem alguma coisa estranha com ela... Não sei não viu.
Junior: Calma amor, deve está tudo bem e talvez ela só seja magricela mesmo. - tentei rir e ela assentiu decepcionada. - Vai ficar tudo bem, morena.

Estavamos na sala, no sofá, a puxei para mim e beijei o topo de sua cabeça. Ficamos assistindo friends e acabamos adormecendo no sofá, acordei com a Catarina fazendo barulho na cozinha.
Levantei, passei a mão no rosto e olhei o meu relógio, 7h15.

Catarina: Oi, amor.
Junior: Vai para a clinica?
Catarina: Não, hoje eu fico no postinho de novo. Quer café?
Junior: Não, tá tudo bem. - sorri, beijei seu pescoço, fui no banheiro da cozinha mesmo, escovei os dentes com uma escova nova que tinha por ali, tomei um banho rápido e sai na toalha. - Cat?
Catarina: AQUI EM CIMA! - gritou e eu ri. Subi as escadas e entrei no quarto dela. - Opa!
Junior: Que?
Catarina: Me seduzindo né, mô.
Junior: Não pô, foi sem maldade. - ri e ela negou. - Tem alguma roupa minha, aqui?
Catarina: Tem sim, lá no closet, no cantinho. - me selou e eu fui me vestir, era engraçado porque tinhamos tão pouco tempo e eu já tinha até tênis perdidos por aqui. - Amor, pode me levar lá? Não quero dirigir hoje.
Junior: Levo, te busco pra almoçar pode ser?
Catarina: Pode, vamos.

Ela trancou tudo e saimos do apê, deixei ela no posto e embiquei pra casa, tomei café com a minha mãe, resolvi algumas coisas com o cabeça e ás13h30 estava em frente ao posto que a Catarina trabalha, logo avistei ela. Ela entrou no carro e me selou e continuou quieta.

Junior: O que houve, meu bem?
Catarina: Ela está mesmo doente.
Junior: Quem, amor? - paramos no sinal e ela me olhou e desviou.
Catarina: A mãe da maitê, eu estou muito...ah.... eu não sei.
Junior: Como soube?
Catarina: A Aline me contou que a Camila, mãe da Maitê, está fazendo tratamento pelo postinho e pelo que entendi não é nada bom.
Junior: Vai ficar tudo bem.
Catarina: Espero que sim.

Alguns dias depois....
C A T A R I N A.

Junior ainda fica me dando pitacos sobre eu ser mãe, eu o corto sempre que posso mas vejo que isso o deixa chateado, esses dias ele chegou a ficar com os olhos marejados dizendo que era um sonho pra ele, se torna pai. E eu o respondi que poderiamos pensar sobre isso daqui uns meses e ele pareceu se acalmar, pois ainda não voltou no assunto. Hoje é o retorno da Maitê, ainda estou pensando muito sobre a mãe dela e a tal doença que está presente, não sei se vou ter coragem de perguntar...mas... Ajeitei a minha sala e chamei a primeira bebê, era uma neném de 4 meses para uma consulta de rotina, fiz todo o processo e passei uma vitamina pois ela está um pouco abaixo do peso ideal. A liberei e logo a Camila entrou com a pequenina. A observei e outra vez sua expressão era de quem estava cansada e dolorida.

Catarina: Olá!
Camila: Ainda bem que já tinhamos ezse retorno Doutora, ela está bem enjoadinha e acho que é dores nos ouvidinhos, mal dormiu esta noite.
Catarina: Ta dodói, bebê? - ela apenas remungou confirmando, a sentei na maca, apertei de leve ao redor dos ouvidos e ela choramingou, examinei e conforme eu mexi foi o suficiente para que ela soltasse o choro. - Camila, era o que eu suspeitava, ela está com Otite.
Camila: Ai meu Deus do céu! Ela nunca teve dores de ouvidos, como ficou assim?
Catarina: Fique calma é apenas uma infecção do canal auditivo externo que vai do tímpano ao exterior da cabeça. Geralmente, é causada por resquícios de água na orelha após a natação.
Camila: Esses dias ela se banhou na piscina de uma parente.
Catarina: Com certeza isso o que causou essa infecção. Vou prescrever antibióticos, anti-inflamatórios e analgesico. Ela vai tomar por 5 dias, sempre limpe nem que seja aos poucos para nao doer tanto.
Camila: Isso...isso vai ficar muito caro?
Catarina: Creio que não muito, pois varia de farmácia em farmácia. - carimbo a receita e vejo que a Camila bem nervosa. - Está tudo bem?
Camila: Não... é que, sabe doutora eu estou com alguns problemas de saúde e com isso já gastei todo o meu vale desta semana com os meus remédios.
Catarina: E o pai da bebê?
Camila: Ele sumiu assim que soube do down. E também ele nunca acreditou que a Maitê era filha dele. Eu... ah... eu era garota de programa, tinha acabado de chegar na espanha e não conseguia nenhum emprego. E com isso entrei em uma boate. Mas hoje eu apenas limpo o chão de uma lanchonete pequena do bairro onde moro.
Catarina: Ah... eu entendo. É mesmo dificil.

Ela estava secando as lágrimas, Maitê tinha adormecido em seu colo. Ok, eu não sei o porquê mais preciso ajudar esta mãe a cuidar de sua filha.

Camila: Obrigada pela consulta doutora e me desculpe pelo desabafo. - ela se levantou para sair da sala e eu suspirei.
Catarina: Espere, eu compro os remédios dela.
Camila: Não... não precisa, eu irei dá um jeito.
Catarina: Você tem quem te ajude?
Camila: Não, mas eu posso vender minha tv ou algo que maitê não usa mais.
Catarina: Eu posso comprar e não vai me fazer falta, a tv é importante principalmente para ajudar ela até na fala e gestos. Vamos, eu compro.

Peguei minha bolsa e saimos da minha sala, hoje eu não tinha mais nenhuma consulta. Então estava livre, caminhei com elas em silêncio para fora do postinho e guiei a Camila até o meu carro.

Camila: Não precisa, podemos ir caminhando, seria abuso demais da minha parte.
Catarina: Dona Camila a farmárcia mais próxima é á mais de 6 ruas daqui. Vamos, não tenho problema algum em ir de carro.
Camila: T-ta tudo bem. - ela entrou no banco dos passageiros, atrás, com a Maitê, entrei no carro, coloquei o cinto e dei partida. - Você é muito generosa.
Catarina: Não vai me custar ajudar ela. - sorri sem graça e ela agradeceu baixinho.

Em poucos minutos estacionei em frente á farmárcia, desci deixando a Camila no carro com a Maitê. Comprei os remédios, paguei e como era conjunto com um mercado tendo como divisoria portas de blindex, passei para o lado do mercado, peguei um pequeno carrinho e coloquei danones, biscoitos, leites em pó, achocolatados, frutas, carnes, frangos, legumes, arroz e feijao e alguns tempeiros que sei que podem ser usados. Paguei 200€ e sai de lá, coloquei tudo na mala do carro e fechei devagar para não assustar a Maitê.

Camila: Onde estão os remédios?
Catarina: Coloquei na mala com as outras sacolas.
Camila: Ah sim, muito obrigada. De coração eu não teria mesmo como comprar os remédios.
Catarina: Está tudo bem. Onde vocês moram?
Camila: Há quatro ruas daqui.
Catarina: Ahhhh, sei onde fica. - dei a partida e chegamos na vila em que ela morava, era um lugar não tão bonito. Mas eu sei que aquilo era apenas o que ela poderia pagar, ajudei ela com a bolsa da Maitê e abri a mala. - Vou te ajudar pois também comprei algumas coisas pra vocês comerem.

Ela me olhou assustada e logo começou a chorar. Peguei todas as bolsas, travei meu carro e entramos na avenida, paramos a frente de uma casa pequena, ela destrancou a porta e me pediu que entrasse, coloquei as bolsas em um cantinho ao lado da pequena geladeira que ela tem, ela ajeitou a maitê na cama de solteiro e eu fiquei sem jeito, coloquei as mãos nos bolsos de minha calça e fiquei intercalando o peso do meu corpo nos meus pés.

Camila: Catarina, mais uma vez eu te agradeço. Você é um anjo que apareceu em nossas vidas. Muito, muito obrigada por toda a ajuda.
Catarina: Esta tudo bem Camila, fico feliz em poder ter como ajudar vocês duas. Desejo melhoras para a Maité. - ela me abraçou me deixando sem jeito e eu sai de sua casa, caminhei pela pequena vila com a minha cabeça estava a mil com todos os pensamentos possiveis, entrei no meu carro e encarei a entrada da pequena e pobre vila. Balancei a cabeça tentando fugir dos pensamentos que estavam me enlouquecendo e dei a partida.

oi meninas, está curtinho, sabemos rs  

mas foi apenas para atualizarmos para vocês. 

A pequena Maitê apareceu, será que a veremos mais vezes? e essa atitude da Cat? Gostaram. 

No ultimo cap tivemos apenas 6 comentens eu sei, é chato pedir, mas não sei o que houve desta vez, pois sempre passamos de 15 comentários. 

e isso foi um dos motivos da demora pois ficamos um pouco chateadas achando que nao agradamos vcs. é isto. beijos.