quinta-feira, 23 de maio de 2019

capítulo 26

J U N I O R.

Eu até me assustei quando vi a Maitê ali, na sala da Catarina, nunca imaginei que a marrentinha iria se apegar tão rápido em uma criança e com poucos minutos brincando e conversando com a pequena entendi como ela se apaixonou, Maitê realmente era um amor.

Maitê
: Tio, sa-sabia que a mamãe está no hospital?
Junior: Ah é?
Maitê: Sim, ela ta com dodói.
Junior: Ahhh, mas ela vai melhorar logo, ela é forte né?! - fiz cocegas nela e ela deu risada concordando. Catarina nos gritou e fiz uma aposta com a Maitê que quem ganhasse a corrida até a cozinha, iria escolher o filme que iamos ver mais tarde na tv. E claro a deixei ganhar.
Maitê:
Ganhei, ganhei, ganhei.
Junior: Nossa você foi muito rápida. - Apoiei minhas mãos nos joelhos, mostrando um falso cansaço e a Catarina dava risada.
Catarina: Já sabe o que vamos ver?
Maitê: Babieeeeeee!!!!!
Junior: Me ferrei.
Maitê: Babie é legal tio.
Catarina: É tio. - deu risada e eu cemirrei os olhos, Catarina nos serviu o almoço e comemos com a Maitê fazendo gracinhas. Catarina foi com ela escovar os dentes e eu lavei a loucinha que ficou. - Vamos, amor? - abraçou meu corpo por trás e eu sorri a olhando sobre o ombro.
Junior:
Ela é um encanto.
Catarina: É mesmo, ela te adorou!

Sequei minhas mãos no pano de prato e girei meu corpo, chocando o mesmo com o da minha namorada, segurei seu rosto e a beijei com leveza.

Junior:
Ela me disse que a mãe está doente.
Catarina: É, está mesmo. Ela vai me contar melhor, mais tarde quando eu for ve-la.
Junior: E como a Maitê parou aqui?
Catarina: Ahhh, eu me ofereci em cuidar dela e ela aceitou. - deu de ombros como se fosse qualquer coisa e eu sorri largo em ver que ela poderia está até mudando seu conceito sobre nosso papo de gravidez. - Nem pensei nisso, Junior.
Junior: O que amor?
Catarina: Você fica com essa carinha aí, já sei que vai falar sobre termos filhos. - ela revirou os olhos e eu soltei o seu corpo. Cruzei os braços no meu peitoral e ela bufou.
Junior:
Ah qual é Catarina você esta ai toda derretida pela menina. O que custa repensar?
Catarina: Junior, NÃO! Eu não vou engravidar agora e nem daqui um tempo, não estou pronta pra carregar uma pessoa dentro de mim, entenda isso. A escolha maior é minha, eu quem vou carregar uma criança por nove meses e depois por uma vida inteira.
Junior: Mas amor...
Catarina: Sem mais amor ou menos. Chega, Junior! Que saco, caramba. Eu heim, esquece isso.

Saiu da cozinha batendo firme os pés e eu passei a mão no rosto tentando tirar minha tensão. E caminhei até a sala, Maitê estava apoiada no colo da Catarina, que mexia de leve nos cabelos da menina. Depois diz que não tem vocação para ser mãe.

C A T A R I N A.
Junior rodeia, rodeia, rodeia e sempre acaba no mesmo assunto. Isso me enoja, não por uma criança e sim por ele querer me força a ter filhos, agora. Por puro capricho dele, eu não quero e também não estou nem um pouco preparada para gerar outra vida dentro de mim, encaro a maitê em meu colo e sorrio. É incrível como ela me transmite uma calma fora do comum, com seu jeitinho doce e calminho vai me conquistando sempre que pode. Ela sorrir para mim e volta prestar atenção no filme da barbie. Assistindo todo ele, e, depois ainda alguns episódios de show da luna e ela estava em pé se remexendo com as músicas. Junior estava deitado no outro sofá e dava risada dela e brincava com a mesma. Até arrancando gargalhadas dela. Tirei algumas fotos e fiquei conversando com minha mãe, ela já sabia da Maitê, desde o primeiro dia que eu conheci ela.

Olha só como eles estão se divertindo, filha.
Com certeza o Juninho será um grande pai
!

Pelo amor de Deus mãe!!!
Já basta ele com esse assunto.

Mas sabe que é verdade e uma hora o bebê de vocês chega.
Quando vocês menos esperarem.


Tá.
Pode ficar aqui com eles, enquanto vou no hospital?

Já estou me arrumando.
Logo, logo estou chegando.


É só subir e abrir a porta.
Beijos.

Beijos, Cat.

Conversei com Sof e o Bê, ele contou sobre as primeiras horas em Berlim e como estava ansioso para o ensaio de amanhã com a Rafaella. Desejei boa sorte e que me enviasse fotos de amanhã.

Junior
: Solta isso! Ouuu, psiuu.
Catarina: Quié?
Junior: Vem aqui amor.
Catarina: Vou me arrumar, Junior.

(....)
Minha mãe chegou e eu sair pro hospital , tô um pouco nervosa não sei o que a Camila vai falar e eu espero que ela esteja bem. Cheguei no hospital, me informei na recepção e fui até o quarto em que a Camila estava,  o mas estranho é que nesse horário é hora de visita e não tem ninguém aqui pra ver ela, entrei no quarto e ela estava deitada tomando medição e muito abatida.
Catarina: Oi Camila - sorrio.
Camila :
Doutora - ela sorri- Cadê a Maitê? Ela tá bem?
Catarina: Ela está ótima, fica tranquila, ela está na minha casa com a minha mãe e com meu namorado estão se divertindo - sorrio ao lembrar.
Camila:
Ahhh que bom - ela respira aliviada - Me desculpe  te dar esse trabalho todo.
Catarina: Não é trabalho nenhum, ela é um amor de criança - puxo uma cadeira e sento do lado - Eu quero saber de você,  me conta o que você tem? - a olho e vejo os seus olhos cheios de lágrimas.
Camila:
A mais ou menos um ano eu descobri que tenho um câncer no pulmão, venho fazendo tratamento, faço as quimioterapias,  mas o meu câncer é maligno.
Catarina: Meu Deus, mas deve ter alguma coisa que podemos fazer, uma cirurgia ou sei lá qualquer coisa Camila,  diz que tem alguma coisa, por favor!
Camila: Eu queria muito que tivesse Doutora, mas infelizmente não, nem as quimioterapias estão ajudando mais -ela fala chorando - Eu tô a cada dia mais fraca.
Catarina: Camila, eu posso conseguir pra você o melhor médico do mundo, eu vou te ajudar eu prometo pra você,  você tem a Maitê  precisa ser forte por ela.
Camila: Eu tô tentando ser forte exatamente por causa dela se não fosse ela, eu já tinha me entregado a essa doença talvez nem aqui eu estava mais, e não tem médico nenhum pra me ajudar, eu tô indo embora eu sinto isso e os médicos já me falaram.
Catarina: Não me conformo com isso, deve haver algum jeito não é possível, a medicina tá avançada eles tem que ter cura pra isso - eu já estava chorando junto com aquela mulher.
Camila: Doutora é maligno, não tem jeito.
Catarina: Mas eu vou te ajudar,  eu sinto que devo te ajudar, a Maitê é muito nova, ela não pode perder você.
Camila: Doutora é sobre isso que eu quero falar com você.
Catarina: Sobre isso o que?
Camila: A Maitê....eu não tenho família.
Catarina: Como assim?
Camila: Perdi meus pais nova num acidente de carro, eu não tenho irmãos,  nunca conheci a família do meu pai e a família da minha mãe eu não tenho contato há anos, eles nem sabem de mim nunca procuraram saber, engravidei nova, o pai da Maitê não quis ela e principalmente quando ele soube que ela tinha síndrome de down ele vazou da minha vida, sumiu nunca mais apareceu, me virei sozinha pra criar ela, passamos por muita coisa, já morei de favor, cheguei a passa necessidade mais nunca abandonei minha filha
O amor que eu tenho por ela é maior que qualquer coisa - ela chorava muito -  Desde quando descobri essa doença, eu venho pedindo a Deus todos dias, para que me enviasse alguém para que eu pudesse entregar a minha filha.
Catarina: Eu sinto muito por tudo que aconteceu com você, eu imagino o quanto você sofreu e quanto lutou pra ficar com a Maitê,  saiba que você cuidou muito bem,  ela é uma criança encantadora, mais porque você pedia a Deus pra mandar alguém pra você entregar a Maitê? Porque quer fazer isso?
Camila: Porque desde do começo eu sabia os médicos me falaram que não tinha jeito, é maligno o tratamento só ia me dar mais tempo e nesse tempo eu organizei tudo, vinha pedindo a Deus pra me enviar uma pessoa  pra cuidar da minha filha,  e você apareceu Doutora, como um anjo na nossas vidas desde do primeiro dia em que te vi cuidando da minha filha uma voz lá no meu coração me disse "é ela " você já fez tanto pela gente foi só mais uma confirmação.
Catarina: Espera - respiro fundo e limpo as lágrimas - Você tá dizendo que quer me entregar a Maitê?
Camila: Sim, eu sei eu sinto que com você a minha filha ficará bem,  por favor Doutora cuida da minha pequena por mim, cuida da minha Maitê - ela me olha desesperada.
Catarina
: Camila isso é uma coisa muita seria e delicada, é um processo difícil.
Camila: Eu sei disso, eu já adiantei tudo eu tenho um amigo  que é advogado ele tem me ajudado com isso, quando eu tive a certeza que era você eu fiz um testamento, por favor cuida da minha filha - ela segura minha mão e aperta.
Catarina:
Eu preciso pensar, conversar com a minha família, Meu Deus - limpo as lágrimas.
Camila:
Tudo bem eu entendo você.
Catarina: Amanhã eu volto com uma resposta.
Camila: Amanhã já vou estar liberada
Catarina: Melhor ainda,  a gente conversa na sua casa- me levanto me despeço dela e saio do hospital completamente  confusa.

Céus, como eu iria cuidar desta menina? Eu sei, me apeguei nela. Ela é um sonho de criança, mas eu não quero ser mãe, pelo menos não por agora. E tem o Junior, ele iria enlouquecer já que me pede tanto uma gravidez e eu nego, e, agora eu faria o que? Chegaria com as menina nos braços e ele aceitaria? É complicado demais.

Estaciono meu carro, desço e o travo. Quando me aproximo da porta escuto a risada da Maitê, abro a porta e ela me ver e vem correndo.

Maitê:
Titi!!!
Catarina: Opa, isso tudo é saudade da titia? - a pego em meu colo e beijo seu rosto.
Maitê:
Uhum. - ela ri sapeca, a deixo no chão e ela volta a brincar, encosto a porta. 


Rebecca: E como foi lá? 
Estavamos na cozinha, eu ajeitando a mamadeira da Maitê.

Catarina
: Ela tem um cancêr maligno. E não mas como decorrer a nada. 
Rebecca: Meu Deus, Cat! E a bebê? 
Catarina: Ai que está! Ela quer que eu fique com a Ma. Ela não tem familia aqui e os que tem lá no Brasil, ela não tem contato a anos. 
Rebecca: Catarina, isso é responsabilidade demais. Como que você vai pegar a menina assim? Ela não tem pai? 
Catarina: Ahhh, tem né mãe. Mas ele a recusa por ter down. - respiro fundo, termino de ajeitar a mamadeira e limpo tudo, pego a mamadeira e vou até a sala entregando para a Maitê que estava deitada no sofá, assistindo Show da Luna. Me sentei no outro sofá com a minha mãe. - Estou perdida!
Rebecca: É um situação muito delicada, mas se for pensar por outro lado a pequena iria parar em um orfanato e sabe se lá o que fariam com ela. 
Catarina: Eu preciso pensar. Não é um brinquedo ou um livro que podemos ganhar de alguém, é uma criança. Uma vida, uma criança especial. 
Rebecca: Sua vida seria toda modificada. Já falou com o Junior? 
Catarina: Não, ele me mandou mensagem depois que saiu daqui, amanhã tem treino bem cedo. 
Rebecca: Ele quer filhos? 
Catarina: E como quer, meu Deus. Vivo me estressando com ele por conta disto. 
Rebecca: É, mas isso não quer dizer que ele vá aceitar a menina. 
Catarina: É. 

Meus pensamentos me atordoavam, eu iria enlouquecer e ainda nem tinha tomado decisão alguma, talvez sim, eu ficaria com a Maitê. Peguei a pequenina e a levei para o meu quarto, cerquei com travesseiros e liguei o ar. Ela tinha tomado banho com minha mãe e estava cheirosinha, de pijama e barriga cheia. Amanhã vou dar um passeio com ela e a noite a deixo na casa da Camila.

Rebecca:
 Seu pai já esta aqui na frente, eu vou indo. Qualquer coisa me liga, pense bem antes de decidir. 
Catarina: Vou pensar, obrigada por hoje. 
Rebecca: Não tem por onde. 

Ela saiu e eu arrumei um lanche, comi, fiz pipoca e subi para o meu quarto, forrei um cobertor no chão e me sentei. Liguei a TV e cacei um filme.

(...) Acabei dormindo no cobertor mesmo, apertei meu celular era quase 8 da manhã. Levantei sem fazer barulho, pois a Ma ainda dormia. Tomei meu banho, escovei os dentes, sequei meu cabelo no secador, fiz uma maquiagem basica e sai do banheiro para o closet. Me vesti e voltei ao quarto.

Catarina
: Vamos acordar, dona preguiça!
cutuquei a Maitê que se mecheu e deu uma risada. - Vamos, ande. Vamos passear. 
Maitê: Rua? 
Catarina: Sim, vamos pra rua! 

Ela pulou da cama, a coloquei no banho e desci atrás das bolsas de uma loja de roupas que comprei para ela quando estava voltando do hospital. Subi e ela estava brincando, terminei seu banho, escovei os dentes dela. A sequei, vesti e ajeitei o cabelo. Peguei sua mochila e coloquei um casaquinho, toalha de boca e desci com a garrafinha para colocar água. Tomamos café, peguei um lanche e coloquei na mochila e saímos. Coloquei ela na cadeirinha e dei partida para um parque que tem perto de casa.

Maitê: 
Muto munito. 
Catarina: É mesmo! Vai lá brincar, só não vai para longe.
Maitê: Tá bom. - riu e correu para o playground. Tirei muitas fotos de todo o nosso passeio. Por volta das 11h, forrei no chão a toalha que trouxe, que montei o mini piquinique. Maitê se destraiu comendo e eu peguei o celular

Oi amor, como foi o treino? 

Tudo tranquilo, só estou cansado.
Foi pesado hoje hahaha

Ahhhh para, tá fraquinho hein! 

Vou te mostrar o franquinho, Catarina! 
Tá, hoje a noite. 
Te espero.

Jantar ás 21h?
Te amo, Tatá!


Pode ser e já falei para esquecer esse apelido ridiculo. 

Ele ainda me zoou, Junior é um bobão.
Entrei no instagram, editei uma das fotos da Maitê e postei. 


@catmonttanari: Pequenina 💖

13 comentários:

  1. Affs ultimamente estao demorando a postar e quando posta fica um cap pequeno

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  2. Ela tem que adotar a Maite...continua

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  3. Catarina está apaixonada com a Maite tá na cara que ela vai querer cuidar da pequena

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  4. Aiin não demora tanto pra atualizar está muito bom

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  5. Maite é a coisa mais linda, espero que o Junior aceite adotar ela
    Continua por favor

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  6. Ela tem adotar a Maitê , continua esta muito bom

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  7. Porque os capítulos estão pequenos? ??
    Eu amo essa fic

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  8. Continua esta perfeito

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  9. Sera lindo se a Cat adotar a Maite

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  10. Continua continua continua continua

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  11. Como eu amooo
    Posta o próximo logo e espero que seja grande

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  12. Demoro pra posta... Não e algo q eu queria q ela adotasse a menina mas ne

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