capitulo 34

alguns dias depois....
C A T A R I N A

Júnior e eu viamos nos entendendo muito bem, voltamos a nossa rotina como casal e também profissional.
Passei outra vez na agência de babás e contratei uma que aparentemente, era bem requisitada.

Catarina: Então Emilly, ela já está na escola... A hora da saída e as 12h20. A van a deixa aqui na porta ás 12h25. — eu dizia enquanto apresentava a casa para ela.

Emilly: Ok, pegarei ela. Tem alguma orientação em especial?

Catarina: Bom... acho que não, Maitê é super calma, eu já deixei o almoço pronto. Vou precisar sair e devo volrar por volta das 16h da tarde.

Emilly: Sim...

Dei algumas orientações sobre a casa e a rotina da Maitê e a deixei. Entrei de volta no carro e dei a partida, indo para o terreno onde ocorria a obra da clinica.
Estacionei e encontrei meu pai por lá.

Henrico: Filha! Acho que dentro de dois meses, tudo estará pronto.

Catarina: Estou ansiosa pra caralho. — ele me olha e depois nega.

Henrico: Você e o Juninho tem compromisso para essa noite, filha?

Catarina: Não pai, acho que vamos ficar em casa mesmo.

Henrico: Ok, vamos jantar juntos então? Neymar e eu precisamos conversar com vocês.

Catarina: Ih pai, nem vem tirar a minha paz não. — reclamei e ele fingiu não ouvir.

Fiquei na obra com ele e revisei tudo, passei em algumas lojas que eu havia encomendado coisas para a clinica e até peguei algumas que já estavam prontas.

Almocei e depois peguei o caminho para o shopping, estacionei e peguei o elevador. Subi até o terceiro andar e entre no salão que eu havia reservado horário. Fiz as unhas, cabelo e depilação.

Depois de pagar, fui para o estacionamento e peguei o caminho para casa.

(...)

Depois que a Emilly arrumou a Maitê para o jantar, eu a liberei e ela foi embora. Me arrumei e depois do Júnior, fomos para a casa dos meus pais.

Júnior: Seu pai lhe disse o que queria?

Catarina: Não amor, estou até com medo.— dou de ombros e ele volta a olhar a estrada, pois o sinal tinha aberto.

Maitê: Mamãe, na vovó Becca eu posso sistir frozen?

Catarina: Pode sim, amor. — a olho em sua cadeirinha e sorrio para ela.

Júnior estacionou e descemos do carro, Maitê correu na frente e eu entrelacei minha mão na do Júnior, que a beijou e sorriu para mim.

O jantar em si, foi muito tranquilo. O que me causava ainda mais nervoso, minha mãe e tia Ná foram brincar com maitê e meu pai e o meu sogro chamaram a mim e ao Júnior no escritório.

Henrico: Crianças, há alguns dias que o Neymar e eu conversamos e realmente estamos incomodados com a situação em que vocês estão.

Catarina: Pai, que situação? Está tudo muito bem com a gente. — eu sorrio nervosa e o Júnior estava tão inquieto quanto eu.

NeymarPai: Seu pai veio me dizer que você estar agindo por fora da tradição da familia. — ele dizia meio sem jeito e eu bufei já ficando puta.

Catarina: Não acredito nisso, mano. Porra.

Júnior: Amor... — ele chamou baixinho e eu o olhei e neguei.

Henrico: Você sabe que está errado filha, nem casados vocês são e estão morando juntos e até uma filha já teem.

NeymarPai: Errado seu pai não está Cat, em qualquer família vocês estão em pecado.

Catarina: Pecado a puta que pariu, eu hein. A gente se ama e vamos continuar juntos nessa porra e foda-se a opnião de merda de quem quer que seja.

Chutei o balde mesmo e sai dali pisando fundo, peguei a maitê com minha mãe e minha sogra e minha bolsa. Tirei a chave do carro do junior de cima da estante e saí, destravei o carro e entrei no mesmo com a maitê e o travei.

J U N I O R

Henrico: Muito díficil conversar com essa menina. — ele negava e eu ainda estava incrédulo com tudo isso.
Junior: Vocês querem nos separar e quer que ela faça o que? Dê flores e bata palmas.

NeymarPai: Abaixa o tom, Juninho.

Junior: Abaixa o tom uma porra, nunca vi mano. Já não basta tudo que complicou até aqui? Ai vem vocês com porra de tradição. — não esperei ninguém responder e dei as costas, passei pela sala voado e minha mãe até me gritou.

Bati na janela do carro e a Cat o destravou, entrei no mesmo e por um segundo esqueci da Maitê e soquei o volante.

Catarina: Júnior!

Júnior: Desculpa amor. — encostei minha cabeça no carro e fechei os olhos com força, Catarina prendia o choro mais mesmo assim eu conseguia escutar bem baixo.

Neguei na tentativa de afastar meus pensamentos e liguei o carro, dando a partida. Catarina chegou em casa e foi direto para o quarto, eu ajudei a Mah a se trocar e lhe dei a mamadeira.

Contei algumas histórinhas inventadas e logo ela dormiu, suspirei pesado e beijei sua testa, ajeitei o abajur e a babá eletronica. Deixei a porta entre aberta e sai do quarto, me arrastei até o andar de baixo e bebi um pouco de água.

Entrei no meu quarto com a Cat e ela tava dentro do banheiro, catei qualquer roupa e saí indo em direção ao quarto de hóspedes, entrei e tranquei o mesmo. Tomei um banho e acabei deixando o choro cair depois de lembrar da estupidez que eu tive que ouvir do meu pai e do meu sogro.

Terminei meu banho e me sequei e me deitei. Tirei o celular do bolso e vi pelo ecrã que tinha mensagens da Catarina.

Eu bati na porta, mas acho que você não ouviu.

Não desiste da gente, por favor! Te amo!

Boa noite!
Bufei irritado mas não a respondi, deixei o celular de lado e tentei dormir.

Acordei no susto e sai do quarto, indo para o meu para o treino. Catarina já não estava no quarto, melhor assim. Me troquei na pressa e desci correndo.

Passei na cozinha beijei a cabeça da Maitê e peguei um pouco de salada de frutas na geladeira e comecei a comer.

Catarina: Preto, podemos conversar? — eu a olhei rápido mas pude notar que ela deve chorou boa parte da noite.

Júnior: Não, tô atrasado. — ela me olhou supresa por eu ter sido um pouco grosso, deixei a tigela na pia e beijei a maitê. — Tchau amor do pai.

Maitê: Beso, papai.

Saí correndo para não ter que ainda encarar a Catarina toda triste. É foda pra caralho, mas depois de esclarecer as minhas idéias passei a ver que talvez nossos pais estejam certos... 

C A T A R I NA

Mal dormi essa noite, chorei tanto minha cabeça explodia de tanta confusão,  porra porque meu pai tinha que vim com esse assunto agora?

A gente estava tão bem, e agora o Junior fica desse jeito comigo,  caramba que culpa eu tenho?!! O pior é que eu me sinto tão invulnerável a ele ,estou tão dependente dele que isso me assusta, não preguei o olho a noite só pelo fato dele não ter dormido comigo, pra piorar agora de manhã ele mal olhou na minha cara, nem um beijo nem o " bom dia amor" isso machuca demais...

A Van pegou a Mah  e logo depois a babá chegou pedi que ela arrumasse o quarto da Mah e fizesse o almoço, me arrumei peguei a chave do carro e sai de casa, fui na obra e estava tudo indo bem, depois fui na casa da Sofi estava precisando conversar com minha amiga, estacionei o carro desci e toco a campainha que logo a porta se abre e a Tina, governanta dela que me atende.

Catarina: Oi Tina bom dia, a Sofi tá aí?

Tina: Bom dia, está sim lá em cima pode entrar.

Catarina: Obrigada - entro e subo direto pro quarto da minha amiga e já entro. — Amiga tô precisando de você. — foi só ela me olhar que eu já desabei.

Sofia: Catarina? O que aconteceu mano? — ela vem até a mim me puxa me sentando na cama.

Catarina: Eu tô assustada comigo Sofi. — eu chorava de soluçar.

Sofia: Eu que estou assustada com você, pelo amor de Deus me fala o que aconteceu.

Catarina: Minha vida tá uma confusão  - conto tudo pra ela. — Eu vou perder o Junior né?

Sofia: Nossa eu nem sei o que te falar amiga,  mas você conhece seu pai né vamos combinar que ele até demorou a implica com isso...E o Junior só está de cabeça quente você não vai perder ele por isso.

Catarina: Meu pai não tem que se meter no meu relacionamento Sofi. — limpo as lágrimas. — Essa merda de tradição é  besteira não existe isso mais.

Sofia: Mas você sabe que pro seu pai isso não importa né.

Catarina: Eu sei. — respiro fundo. — Sabe eu tô assustada comigo, eu não preguei o olho a noite toda só porque ele não dormiu comigo, meu dia não é o mesmo sem o bom dia dele Sofi, eu tô arrasada não tô me reconhecendo eu não quero ser dependente dele assim.

Sofia: Isso é amor Cat,  mas olha só, se ele continua assim você não mostra que tá mal não,  se não ele vai fazer pior os homens são assim,  e não precisa dele te tratar diferente por causa disso afinal você não tem nada com a birra dos pais de você.

Catarina: Você tá certa, obrigada tá -abraço ela. — Sempre com as melhores palavras.

Sofia: Amiga é pra essas coisas , mais já que você está aqui que tal a gente sair ? Tá de folga hoje?

Catarina: Tô sem cabeça pra sair, vou pra casa dormir um pouco, hoje não amanhã tenho plantão.

Sofia: Plantão é  chato né.

Catarina: A noite não passa de jeito nenhum -olho a hora - Eu já vou indo, daqui a pouco a Mah chega e o Junior também.

Sofia: Vai lá qualquer coisa é  só me ligar.

Catarina: Eu sei - dou um beijo nela e saio de la.

(...)

Chego em casa e a Mah estava vendo desenho na sala.

Catarina: Oi meu amor - dou um beijo nela - como foi na escolinha?

Maitê: Foi legal,  eu plantei feijaozinho  hoje lá - ela falou toda orgulhosa de si.

Catarina: Que legal filha,  você já almoçou?

Maitê: Xiim e eu papei tudo aí o papai me deu sorvete -ela coloca a mãozinha na boca.

Catarina: Que foi Mah? Eu não vou brigar amor  se papou tudo podia tomar sorvete sim...Cadê a Emilly?

Emilly: Aqui  dona Catarina - ela aparece na sala - Eu estava lavando as louças.

Catarina: Não é pra deixar ela sozinha, seu trabalho é  cuidar dela e das coisas dela.

Emily : Sim senhora - ela senta perto da Mah que se afasta.

Catarina: Eu vou  descansar um pouco,  daqui a pouco da um banho nela -beijo a Mah e subo pro quarto, Junior estava deitada na cama só de bermuda e mexendo no celular -  Oii

Junior: Oi- ele me responde seco e com os olhos no celular.

Catarina: Tá tudo bem? - sento perto dele.

Junior: Sim porque não estaria?

Catarina: Porque você está todo estranho comigo,  eu fiz alguma coisa?

Junior: Caramba mew me deixa quieto,  ou eu vou lá pro outro quarto, você não fez nada.

Catarina: Tá bom- meus olhos se enche de lágrima- Só não fica assim comigo por favor.

Junior: Eu estou querendo ficar quieto na minha será que eu posso?

Catarina: Pode Junior - minha voz embarga e ele me olha por um tempo e volta a atenção no celular, batem na porta e eu rapidamente limpo as teimosas que desceram no meu rosto - entra.

Emilly: Licença - ela abre a porta e a Mah corre pro meu colo chorando.

Catarina: Que foi filha? - Junior largou o celular e focou na gente.

Maitê: Mamãe a..- ela foi interrompida pela Emilly.

Emilly: Ela não quer tomar banho e aí ela correu de mim e acabou caindo - ela fala nervosa.

Junior: Machucou bebê? - ele pega a Mah do meu colo.

Maitê: No bacinho - ela mostra o local e estava vermelho.

Catarina: Não pode correr meu amor , Emilly você dá banho nela e pode ir depois viu - olho ela que estava comendo o meu namorado com os olhos - Tá ouvindo ou a visão do meu namorado é mais importante?

Emilly: Sim claro, é...  vem Mah  vamos tomar banho - ela tenta pegar a Mah que agarra o pescoço do pai - Tá vendo ela não quer - ela fala olhando no olho do Junior e ele desvia o olhar.

Catarina: Estranho ela não é assim,  então pode ir eu dou o banho nela- ela continuava vidrada no Junior - obrigada Emilly já pode ir.

Emilly: Ah sim é,  tchau até amanhã - ela sai do quarto e fecha a porta.

Catarina: Ela não parava de olhar pra você só faltou te agarrar na minha frente.

Junior: Foda se , eu não olhei pra ela e nem me interessa.

Catarina: Hmm,  vem Mah tomar banho com a mamãe.

Maitê: Eu quelo de banheira pode?

Catarina: Aah filha hoje não amanhã eu deixo pode ser?

Maitê: Aah mamãe mais eu quelo.

Junior: Deixa pra amanhã filha aí o papai toma com você.

Maitê: Tá bom , então vamos mamãe - ela desce da cama e sai correndo mais logo para e anda normal.

Catarina: Juh -ele me olha - Você vai desistir da gente? 

Junior: Não quero conversar agora - ele levanta e sai do quarto.

(..)

Depois de dar banho na Mah fiquei vendo desenho com ela mais acabei dormindo, acordei com ela me chamando querendo sopinha ,  olhei a hora e ja era oito horas, desci com ela pra cozinha e fiz a sopinha,  Junior estava na sala,  pra ele fiz macarronada  o chamei pra comer e ficamos em silêncio só a Mah falava,  eu estava sem apetite nenhum mas comi, terminamos jantar e ele disse que lavava a louça subi com a pequena  ajudei ela a escovar os dentes,  vesti o pijama nela deitei na caminha com ela e contei uma história e logo ela dormiu,  deixei o abajur ligado,  peguei a babá eletrônica e fui pro quarto,  Junior estava saindo do quarto e eu segurei a mão dele.

Catarina: Fica sem falar comigo, sem olhar na minha cara mais por favor dorme comigo ,por favor - ele me olha nos olhos beija  minha testa volta pro quarto e deita na cama -  Obrigada.

Junior: Eu nunca vou te negar isso fica tranquila